Como prometido, li o dossiê Web 3.0 da Revista HSM Management, maio-junho de 2011 e estou trazendo alguns pontos interessantes:
O termo web semântica foi cunhado por Tim Berners-Lee. Nas palavras do autor:
“Sonho com uma web na qual os computadores serão capazes de analisar o conteúdo e entender as transações entre as pessoas e as máquinas. Chama-se web semântica”.
O HMTL 5 é uma das tecnologias que estão tornando a web semântica um sonho em realização.
“Essa linguagem estabelece paradigmas para a programação e fixa regras para o uso de, por exemplo, etiquetas para vídeo, áudio e canvas. Desse modo, não só os problemas de interoperabilidade entre sites e aplicativos se resolvem, como também o manejo de conteúdo 3D são facilitados e as portas do maravilhoso mundo real se abrem.”
A Aplle foi a pioneira em adotar funcionalidades semânticas providas pelo HMTL 5 para seu navegador Safari, assim como o Google para o Chrome e a Mozilla para o Firefox.
O Google, em 2009 lançou o Google Squared, uma ferramenta de categorização semântica de dados que, em segundos, analise a informação da web, seleciona os resultados da busca e os apresenta em uma folha de cálculo.
Cadê as novidades?
Algumas novidades da web 3.0 citadas no artigo, confiram:
· A Apple comprou a SIRI (em 2010) – assistente pessoal móvel inteligente que usa tecnologia semântica de reconhecimento de voz e inteligência artificial. Trata-se de um app gratuito conectado a um ecossistema rico em serviços da web;
· A Propego criou a ferramenta de busca Meaning Tool, um aplicativo inteligente que permite ao usuário criar suas árvores semânticas e ensinar ao sistema novos conceitos para filtrar e categorizar textos, sites e pessoas .
· A Wolfram Alpha, criado pelo físico Stepehen Wolfram, é um buscador semântico de respostas. O sistema trabalha a basede algoritmos matemáticos e estatísticos para responder com precisão às perguntas do usuário.
· Twine é a rede social de conhecimento que interliga além de pessoas, empresas, produtos, sites, vídeos, fotos e mensagens.
· ZoomInfo é um buscador de indivíduos e informações de negócios que varre a web pra detectar dados de pessoas, companhias e produtos e organizá-los em perfis que possam ser acessados por todos.
Quem está usando?
Algumas empresas já estão utilizando tecnologias semânticas, vejam quais:
Pfizer – a empresa aponta vantagem da web semântica sobre data warehousing para comprar fórmulas ao longo do tempo.
CIA – está conectando suas bases de dados em diversos países com nós semânticos que estrturam as informações de seus agentes, permitindo-lhes descobrir relações entre pessoas, lugares e incidentes para identificar a tempo potenciais ameaças terroristas.
Bankinter (quinto maior banco da Espanha) - desenhou um sistema de recursos humanos baseado em tecnologias semânticas para administrar de modo mais eficiente as propostas de melhoria que seus funcionários apresentam. O interessante é que o sistema é capaz de avaliar sozinho a originalidade e viabilidade financeira de projetos de redução de custos, novos produtos e serviços.
Renault – a equipe de tecnologias semânticas desenvolveu um sistema semântico para o diagnóstico que funciona com aplicativos da web e facilitar a descoberta de mais informações sobre consertos.
Segundo o artigo, um grupo cada vez maior de start-ups oferece plataformas e aplicativos semânticos para uso corporativo, tais como:
· Hakia;
· Siderean;
· ZoomInfo;
· Cognition Technologies;
· Metacarta.
Outros fornecedores citados, como Franz, SchemaLogic, Cambridge Semantics, TopQuadrant e Semantra oferecem apps e soluções que pode m ser acopladas às infraestruturas de TI corporativas e se direcionam a solucionar diferentes necessidades de empresas.
Ufa, e é só uma 'pequena' amostra do que traz o Dossiê 3.0. Leitura altamente recomendada:
Revista HSM Management, maio-junho de 2011, p. 79 a 108.
Se quiserem saber mais sobre web semântica, também podem consultar meu artigo "Web semântica: ontologias como ferramentas de representação do conhecimento".
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