segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A busca pela informação na cibercultura



     A internet, como um meio de interação e comunicação em sociedade pode, de fato, ser considerada um espelho da sociedade que habita fora dela. Se nós transformamos a tecnologia e somos transformados por ela, é notável e inevitável que nela ocorra - embora em escalas por vezes maiores ou menores - questões inerentes ao convívio humano.
     Cremos que os problemas que acontecem na sociedade são transportados para o ciberespaço porque nós - indivíduos da sociedade - habitamos também esse ambiente virtual.
     A questão da busca por informação sempre existiu, assim como a profissão de bibliotecário ou profissional da informação também remonta há séculos. Ainda hoje existem profissionais que são mediadores da informação para selecionar, organizar e disponibilizá-la a outrem que não tem tempo ou habilidade para fazê-lo. E, da mesma forma, existem muitos pesquisadores que preferem realizar suas buscas sozinhos, consultando diversas fontes de informação até encontrar o que precisam.
     O ser humano é heterogêneo e modifica-se ao passo que convive em sociedade, se funde, se doa, se transforma com a convivência com outros humanos e  - porque não dizer - com as tecnologias.
     Sendo assim, cremos que a internet apenas reflete a heterogeneidade da sociedade dita "real" mas nos moldes da virtualidade proporcionada pelo ciberespaço.
     Nesse contexto, jugamos interessante incluir a fala de uma entrevista de Pierra Lévy para o jornal O Globo. Questionado sobre o fato de alguns críticos que afirmam que as ferramentas da internet não permitem um acesso democrático à informação, como o Google cujo ranking de resultados guia a busca do usuário, Lévy responde: "Você não pode acusar o Google de não ser democrático. O Google não é um governo, é uma empresa. Ele lhe oferece um serviço, e ele vende anúncios que serão vistos pelo usuário para se manter. Essa discussão não passa por democracia".
     O que os mecanismos de busca realizam na web é tratar e fornecer informação organizada, como um mediador entre sistema e usuário. Obviamente, como observado por Lévy anteriormente, trata-se de empresas e não podemos desconsiderar que obter lucro é um objetivo inerente a esse tipo de organização. Obtém-se lucro por meios dos links patrocinados e publicidades. Contudo, alguns sites (como o Google) diferenciam, na página de resultados de busca os links orgânicos dos patrocinados, o que geralmente é bem aceito pelos usuários.
     Deve-se notar, ainda, que há muitos mecanismos de busca na internet, inclusive especializados em algum tipos/formato de conteúdo, como buscadores de áudio (Musipedia) ou imagens (Retrievr) por exemplo.
     Assim como é facultativo a qualquer pessoa a possibilidade de buscar e encontrar informação em bibliotecas, museus, livrarias; na web não poderia ser diferente. Disponde de certa habilidade e um tanto de paciência, podemos vasculhar a web em busca da informação desejada, conectando hiperlinks infinitamente em sites diversos.
     Concluindo nosso breve pensamento, devemos lembrar, mais uma vez, que as tecnologias estão vigentes para serem usadas, reusadas e desviadas pelos indivíduos com as quais coexistem, circularmente modificando a sociedade que a produz e por ela é produzida.
     Não devemos crer no discurso de que as tecnologias tornar-se-ão hiper-reais (mais reais que o real) nem que os mecanismos de buscas adquirirão o poder de controlar nossas vidas dentro do ciberespaço.
    Antes, devemos privilegiar, como foi demonstrado até aqui, uma visão complexa que permita vislumbrar todas características dessas ferramentas de busca para que elas tornem-se aliadas da evolução (ou revolução) da sociedade, em conjunto, co-existindo e co-criando novas realidades.

(esse texto é parte de um artigo elaborado para uma disciplina do Mestrado em Ciência da Informação).

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A internet e o défict de atenção


por Mario Vargas Llosa
    "Nicholas Carr estudou Literatura no Dartmouth College e na Universidade Harvard, e tudo indica que, na juventude, foi um voraz leitor de bons livros. Logo, como aconteceu com toda a sua geração, descobriu o computador, a internet, os prodígios da grande revolução informática do nosso tempo, e não só dedicou boa parte de sua vida à utilização de todos os serviços online como se tornou um profissional e especialista nas novas tecnologias da comunicação sobre as quais escreve amplamente em prestigiosas publicações dos EUA e da Inglaterra.
    Certo dia, descobriu que deixara de ser um bom leitor, e, praticamente, um leitor, inclusive. Sua concentração desaparecia depois de uma ou duas páginas de um livro, e, principalmente, se o que ele lia era complexo e exigia muita atenção, surgia em sua mente algo parecido a um repúdio a continuar com aquele empenho intelectual. Ele conta: “Perco o sossego e o fio, começo a pensar em outra coisa. Sinto como se tivesse de arrastar o meu cérebro desconcentrado de volta ao texto. A leitura profunda que costumava vir naturalmente se tornou um esforço”.
     Preocupado, tomou uma decisão radical. No fim de 2007, ele e a mulher abandonaram suas instalações ultramodernas em Boston e foram morar nas montanhas do Colorado, onde não havia telefone móvel e a internet chegava tarde, mal ou mesmo nunca. Ali, ao longo de dois anos, escreveu o livro polêmico que o tornou famoso, The Shallows: What the Internet is Doing to Our Brains (Superficiais: O Que a Internet está fazendo com Nossas Mentes?, Taurus, 2011). Acabo de lê-lo, de um fôlego só, e fiquei fascinado, assustado e entristecido.
   Carr não é um renegado da informática nem quer acabar com os computadores. No livro, reconhece a extraordinária contribuição que Google, Twitter, Facebook ou Skype prestam à informação e à comunicação, o tempo que esses recursos permitem economizar, a facilidade com que uma imensa quantidade de seres humanos pode compartilhar de experiências, os benefícios que tudo isso representa para empresas, pesquisa científica e desenvolvimento econômico das nações.
    Mas tudo isso tem um preço e, em última instância, significará uma transformação tão grande em nossa vida cultural e na maneira de operar do cérebro humano quanto a descoberta da imprensa por Gutenberg no século 15, que generalizou a leitura de livros, até então exclusiva de uma minoria insignificante de clérigos, intelectuais e aristocratas. O livro de Carr é uma reivindicação das teorias do agora esquecido Marshall McLuhan, ao qual muitos nem deram atenção, quando, há mais de meio século, afirmou que os meios de comunicação não são nunca meros veículos de um conteúdo, que exercem uma influência dissimulada sobre este, e, a longo prazo, modificam nosso modo de pensar e agir. MacLuhan referia-se principalmente à TV, mas a argumentação do livro de Carr, e as experiências e testemunhos abundantes que ele cita como respaldo, indicam que essa tese tem uma extraordinária atualidade relacionada ao mundo da internet.
     Os defensores recalcitrantes do software alegam que se trata de uma ferramenta e que está ao serviço de quem a usa e, evidentemente, há abundantes experiências que parecem corroborá-lo, sempre e quando essas provas sejam realizadas no campo de ação no qual os benefícios daquela tecnologia são indiscutíveis: quem poderia negar que é um avanço quase milagroso o fato de que, agora, em poucos segundos, clicando com o mouse, um internauta obtenha uma informação que, há poucos anos, exigia semanas e meses de consultas em bibliotecas e com especialistas? Mas também há provas conclusivas de que, quando a memória de uma pessoa deixa de ser exercitada, por contar com o arquivo infinito que um computador põe ao seu alcance, ela embota e se debilita como os músculos que deixam de ser usados.
     Não é verdade que a internet seja apenas uma ferramenta. Ela é um utensílio que se torna um prolongamento do nosso próprio corpo, do nosso próprio cérebro, o qual, também, de maneira discreta, vai se adaptando pouco a pouco a esse novo modo de informar-se e de pensar, renunciando paulatinamente às funções que esse sistema faz por ele e, às vezes, melhor que ele. Não é uma metáfora poética afirmar que a “inteligência artificial” que está ao seu serviço, corrompe e sensualiza os nossos órgãos pensantes, os quais, aos poucos, vão se tornando dependentes daquelas ferramentas, e, por fim, seus escravos. Para que manter fresca e ativa a memória se toda ela está armazenada em algo que um programador de sistemas definiu como “a melhor e maior biblioteca do mundo”? E para que eu deveria aguçar a atenção se, apertando as teclas adequadas, as lembranças das quais preciso vêm até mim, ressuscitadas por essas diligentes máquinas?
     Não surpreende, por isso, se alguns fanáticos da internet, como o professor Joe O”Shea, filósofo da Universidade da Flórida, afirma: “Sentar-se e ler um livro de cabo a rabo não faz sentido. Não seria um bom uso do meu tempo, e com a internet posso ter todas as informações com mais rapidez. Quando uma pessoa se torna um caçador experimentado na internet, os livros são supérfluos”. O mais atroz desta declaração não é a afirmação final, mas o fato de esse famoso filósofo acreditar que uma pessoa lê livros somente para “informar-se”. Esse é um dos estragos que o vício fanático da telinha pode causar. Daí, a patética confissão da doutora Katherine Hayles, professora de Literatura da Universidade Duke: “Não consigo mais que meus alunos leiam livros inteiros”.
     Esses alunos não têm culpa de agora serem incapazes de ler Guerra e Paz e Dom Quixote. Acostumados a picotar a informação em seus computadores, sem ter a necessidade de fazer prolongados esforços de concentração, eles perderam o hábito e até a capacidade de fazê-lo. Foram condicionados a contentar-se com o borboletear cognitivo aos quais a Rede os acostuma, tornando-se de certa forma vacinados contra o tipo de atenção, reflexão, paciência e prolongado abandono ao que se lê, que é a única maneira de ler a grande literatura. Mas não acredito que a internet torne supérflua apenas a literatura: toda obra de criação gratuita, não subordinada à utilização pragmática, é excluída do conhecimento e da cultura propiciados pela Rede. Sem dúvida, essa pode armazenar com facilidade Proust, Homero, Popper e Platão, mas dificilmente suas obras terão muitos leitores. Para que dar-se ao trabalho de lê-las se no Google podemos encontrar resumos simples e amenos do que inventaram nesses aborrecidos calhamaços que os leitores pré-históricos costumavam ler?
     A revolução da informação está longe de ter terminado. Ao contrário, nesse campo surgem a cada dia novas possibilidades, conquistas e o impossível retrocede velozmente. Devemos alegrar-nos? Se o gênero de cultura que está substituindo a antiga nos parecer um progresso, sem dúvida sim. Mas deveremos nos preocupar se esse progresso significa o que um erudito estudioso dos efeitos da internet em nosso cérebro e em nossos costumes, Van Nimwegen, deduziu depois de um dos seus experimentos: Confiar aos computadores a solução de todos os problemas cognitivos reduz “a capacidade das nossas mentes de construir estruturas estáveis de conhecimento”. Em outras palavras, quanto mais inteligente for o nosso computador, mais estúpidos seremos.
     Talvez haja certo exagero no livro de Nicholas Carr, como ocorre sempre com os argumentos que defendem teses controvertidas. Não possuo os conhecimentos neurológicos e de informática para julgar até que ponto são confiáveis as provas e experiências científicas que ele descreve em seu livro. Mas esse me dá a impressão de ser uma obra rigorosa e sensata, uma advertência que – não nos enganemos – não será ouvida. O que significa, se ele estiver com a razão, que a robotização de uma humanidade organizada em função da “inteligência artificial” é incontrolável. A menos, é claro, que um cataclismo nuclear, por algum acidente ou uma ação terrorista, nos faça regressar às cavernas. Teremos então de começar tudo de novo, e, quem sabe, dessa vez façamos melhor."
 Tradução: Anna Capovilla

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cultura e valores na sociedade









    Recebi essas imagens hoje por e-mail, atribuídas ao cartunista argentino Quino (que faz a Mafalda), mas não sei, de fato, se as ilustrações são dele.
    De qualquer forma, o que cabe notar é que elas constituem uma forte crítica à cultura e aos valores de nossa sociedade de hoje. 
    Quem já tem filhos, como eu, preocupa-se com o que ensinar a eles, se o mundo lá fora não é um exemplo tão honroso do que sempre consideramos "valores".
    As primeiras imagens mostram tecnologias que supostamente substituíram habilidades humanas. Obviamente não concordo com tal premissa.
    Creio e defendo que as tecnologias existem como extensões do homem e constituem recursos que co-existem com as habilidades humanas, não com a aspiração de substituí-las.
    Entretato, parece-me que ao final, o que está em questão são os valores morais e éticos que parecem extintos em nossa sociedade atual.
    Nesse sentido, concordo com os quadrinhos que ilustram como o ser humano é egocêntrico e preocupado com o consumismo, primando pelo "ter" e deixando de lado o "ser".
    Fica, então, a reflexão para repensarmos nossas atitudes que refletem na sociedade em que vivemos.
    São esses os valores que nossos filhos herdarão?


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Namore uma garota que lê

NAMORE UMA GAROTA QUE LE
De Rosemary Urquico. Texto original: Date a Girl Who Reads.
Tradução e Adaptação de Gabriela Ventura.

"Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.
Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.
Compre para ela outra xícara de café.
Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gostaria ou gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.
É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.
Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
Namore uma garota que lê porque você merece.
Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.
Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve."
Amei esse texto, perfeito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Twitter é uma besteira?


Vi esse vídeo no http://pgcm.com.br/blog/, adorei e resolvi compartilhar.
Aliás, mais que compartilhar, comentar.
Longe de mim, criticar ou ofender meus queridos amigos que amam o Twitter. Para ser sincera, acho que essa pode ser uma mídia muito útil se bem utilizada.

Sim, sou a favor do uso das tecnologias em áreas como educação e comunicação, obviamente, mas com bom senso e inteligência.

Proponho, portanto, uma reflexão sobre o uso das redes sociais para compartilhar informações fúteis ou úteis...
Pense nisso!



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Web Semântica / Web 3.0


Como prometido, li o dossiê Web 3.0 da Revista HSM Management, maio-junho de 2011 e estou trazendo alguns pontos interessantes:


O termo web semântica foi cunhado por Tim Berners-Lee. Nas palavras do autor:

“Sonho com uma web na qual os computadores serão capazes de analisar o conteúdo e entender as transações entre as pessoas e as máquinas. Chama-se web semântica”.

O HMTL 5 é uma das tecnologias que estão tornando a web semântica um sonho em realização.

“Essa linguagem estabelece paradigmas para a programação e fixa regras para o uso de, por exemplo, etiquetas para vídeo, áudio e canvas. Desse modo, não só os problemas de interoperabilidade entre sites e aplicativos se resolvem, como também o manejo de conteúdo 3D são facilitados e as portas do maravilhoso mundo real se abrem.”

A Aplle foi a pioneira em adotar funcionalidades semânticas providas pelo HMTL 5 para seu navegador Safari, assim como o Google para o Chrome e a Mozilla para o Firefox.

O Google, em 2009 lançou o Google Squared, uma ferramenta de categorização semântica de dados que, em segundos, analise a informação da web, seleciona os resultados da busca e os apresenta em uma folha de cálculo. 

Cadê as novidades?
Algumas  novidades da web 3.0 citadas no artigo, confiram:

·         A Apple comprou a SIRI  (em 2010) – assistente pessoal móvel inteligente que usa tecnologia semântica de reconhecimento de voz e inteligência artificial. Trata-se de um app gratuito conectado a um ecossistema rico em serviços da web;

·         A Propego criou a ferramenta de busca Meaning Tool, um aplicativo inteligente que permite ao usuário criar suas árvores semânticas e ensinar ao sistema novos conceitos para filtrar e categorizar textos, sites e pessoas . 

·         A Wolfram Alpha, criado pelo físico Stepehen Wolfram, é um buscador semântico de respostas. O sistema trabalha a basede algoritmos matemáticos e estatísticos para responder com precisão às perguntas do usuário.

·         Twine é a rede social de conhecimento que interliga além de pessoas, empresas, produtos, sites, vídeos, fotos e mensagens.

·         ZoomInfo é um buscador de indivíduos e informações de negócios que varre a web pra detectar dados de pessoas, companhias e produtos e organizá-los em perfis que possam ser acessados por todos.

Quem está usando?

Algumas empresas já estão utilizando tecnologias semânticas, vejam quais:

Pfizer – a empresa aponta vantagem da web semântica sobre data warehousing para comprar fórmulas ao longo do tempo.

CIA – está conectando suas bases de dados em diversos países com nós semânticos que estrturam as informações de seus agentes, permitindo-lhes descobrir relações entre pessoas, lugares e incidentes para identificar a tempo potenciais ameaças terroristas.

Bankinter (quinto maior banco da Espanha) -  desenhou um sistema de recursos humanos baseado em tecnologias semânticas para administrar de modo mais eficiente as propostas de melhoria que seus funcionários apresentam. O interessante é que o sistema é capaz de avaliar sozinho a originalidade e viabilidade financeira de projetos de redução de custos, novos produtos e serviços.

Renault – a equipe de tecnologias semânticas desenvolveu um sistema semântico para o diagnóstico que funciona com aplicativos da web e facilitar a descoberta de mais informações sobre consertos.

 Quem fornece tecnologias semânticas?

Segundo o artigo, um grupo cada vez maior de start-ups oferece plataformas e aplicativos semânticos para uso corporativo, tais como:

·         Hakia;

·         Siderean;

·         ZoomInfo;

·         Cognition Technologies;

·         Metacarta.

Outros fornecedores citados, como Franz, SchemaLogic, Cambridge Semantics, TopQuadrant e Semantra oferecem apps e soluções que pode m ser acopladas às infraestruturas de TI corporativas e se direcionam a solucionar diferentes necessidades de empresas.

Ufa, e é só uma 'pequena' amostra do que traz o Dossiê 3.0. Leitura altamente recomendada:

Revista HSM Management, maio-junho de 2011, p. 79 a 108.

Se quiserem saber mais sobre web semântica, também podem consultar meu artigo "Web semântica: ontologias como ferramentas de representação do conhecimento".